segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fraldas de Pano no GESTAR

Gente, na próxima quinta-feira, dia 02.12.2010 teremos na roda de grávid@s do GESTAR a presença da Cris, que produz fraldas de pano para um consumo sustentável. Adotando esta opção nós diminuímos no planeta o consumo desenfreado de descartáveis. Cris irá levar as fraldas, que vale ressaltar, são super fashion, e nos falar um pouco sobre a importência delas. Para mais informações sobre esse lindo trabalho acessem http://www.fiodaterra.wordpress.com/.

sábado, 27 de novembro de 2010

Relato de Parto Danieli / Nascimento de Rian - 03.11.2006

Foi incrível. Foi simplesmente a maior sensação de prazer que já experimentei. A dor era o de menos, só conseguia me concentrar no fato de que meu filho estava me dizendo que era chegada a hora de ele vir ao mundo, eu podia escutá-lo como se ele estivesse sussurrando ao meu ouvido. Apesar de todas as contrações não me lembro ter derramado uma lágrima sequer, a não ser logo após o nascimento, momento em que o tive em meus braços e meu coração esborrou de tanto amor e emoção. Senti-me muito poderosa e hoje sou uma mulher muito mais realizada e feliz, aliás, há dias em que acordo e penso “ai que vontade de parir”, por toda sensação de prazer e empoderamento que este acontecimento pôde me proporcionar. Apesar de as pessoas geralmente pensarem o contrário, o dia do meu parto foi o dia que me senti mais segura em toda vida, sob a companhia do meu marido, da minha comadre Suely e de pessoas queridas pude dar a luz ao meu filho no local mais apropriado possível, o meu lar. Sinto que isto foi de muita significância também para o meu bebê e o meu companheiro, para Rian por que nasceu livre de qualquer efeito alopata e de maneira exclusivamente natural, o que influenciou em grandes proporções sua característica de garoto saudável e tranquilo e para Ronald por ter participado ativamente de cada minuto do trabalho de parto e ter tido nosso filho em seus braços logo após o primeiro chorinho.

Danieli Siqueira
Coordenadora do GESTAR, Parteira Tradicional Aprendiz, Doula, Mãe e Antropóloga

terça-feira, 9 de novembro de 2010

III Conferência Internacional sobre Humanização do Parto e Nascimento

Maiores informações em http://www.conferenciarehuna2010.com.br/.

Toda riqueza desse mundo...

* foto retirada do blog Parto no Brasil.

PARTEIRAS

LA PARTERÍA SE BASA EN LA CREENCIA DE QUE EL PROCESO DEL NACIMIENTO EN EL SER HUMANO FORMA PARTE DE LA NATURALEZA...



Marsden Wagner, Ex director del departamento Materno- Infantil de la OMS.

El parto ha sido siempre parte del mundo de la mujer. Y siempre ha habido parteras para asistir a las mujeres en el parto.

(...) Desde el principio, las parteras han desarrollado un papel central en el mundo femenino, no sólo con actos que van mas allá de la atención a la maternidad, sino incluso actos que abarcan mucho mas que el cuidado de la salud.

(...) Las parteras han comprendido siempre que la mujer en el trance del parto debía permanecer en el centro con la partera que la asitía a su lado, no sólo controlando el proceso de su parto, sino también aportando una gran dosis de apoyo social y psicológico.

Sin embargo, los hombres necesitan estar en el centro y controlar y manejar todo lo que ocurre a su alrededor. En consecuencia, los obstetras de hoy controlan el parto y podemos encontrar, por ejemplo, la situación extrema: el manejo “activo” del parto en donde “activo” significa que el doctor desarrolla un papel activo y la mujer de parto es de todo menos activa, puesto que se encuentra totalmente despojada del control de su propio parto.

La partería se basa en la creencia de que el proceso del nacimiento en el ser humano forma parte de la naturaleza y que, claramente, ha evolucionado durante millones de años. Las parteras creen que la mayoría de las mujeres son capaces de dar a luz con apoyo y un mínimo de asistencia.

Sin embargo, los hombres confían en las máquinas, no en los cuerpos de las mujeres. Uno de los aspectos fundamentales es la espera en calma y en alerta, con consciencia. Esto no forma parte del mundo masculino y ha sido sustituído por la ansiosa necesidad de “hacer algo” de los que atienden el parto, preferiblemente con máquinas.

(...)Los médicos han sustituído a las parteras en los partos de bajo riesgo sólo para que la ciencia probara que las parteras resultan mas seguras.

(...) Las parteras siempre han entendido que el nacimiento forma parte de la vida y como la vida, no posee garantías.

(...) ¿Quién atenderá los partos de bajo riesgo? Partería. Una investigación científica considerable ha probado 4 importantes ventajas de la partería independiente: las parteras resultan más seguras en los casos de partos de bajo riesgo, realizan menos intervenciones innecesarias, resultan más baratas y proporcionan una mayor satisfacción.

El estudio mas esclarecedor acerca de la seguridad de un parto asistido por parteras publicado en 1998, examinaba todos los partos en EEUU, unos 4 millones de nacimientos. En comparación con los partos atendidos por galenos, los partos asistidos por parteras daban como resultado una mortalidad infantil un 19% mas baja, una mortalidad neonatal un 33% menor y un índice de bajo peso al nacer un 31% mas bajo.

Después de revisar la amplia evidencia de la seguridad de las comadronas, un artículo recientemente publicado en una revista obstétrica concluía: la búsqueda de literatura científica fracasa a la hora de encontrar un solo estudio que demuestre peores resultados con parteras que con médicos en mujeres de bajo riesgo. La evidencia demuestra que la atención primaria que proporcionan las parteras es tanto o mas segura incluso que los cuidados de los médicos.

La evidencia científica muestra que, en comparación con los partos atendidos por médicos, los atendidos por parteras presentan según las estadísticas muchas menos amniotomías (rotura de la bolsa provocada), mucho menos uso de fluídos o medicación intravenosa, menos monitorización fetal electrónica de rutina, menos uso de narcóticos, menos uso de anestesia, incluído el bloqueo peridural para el dolor del parto, menos inducción y aceleración del parto, menos episiotomías, menos forceps, menos extracciones por ventosas, menos cesáreas y mas partos vaginales después de cesáreas.

sábado, 6 de novembro de 2010

Exibição do vídeo "Parto Orgásmico" no GESTAR

No dia 18.11.2010 exibiremos o vídeo "Parto Orgásmico" durante a Roda de Grávid@s do GESTAR.
Onde: c.é.u. - Comunidade Ecológica Urbana - Rua Isaac Buril, nº 82, Várzea.
Hora: 19h.

Roda de grávidas e grávidos GESTAR - 04.11.2010




Mais Relato de Parto - Kalinne

O nascimento é a celebração da vida!


É como se o sol estivesse nascendo em nosso coração,resignificando a vida a cada sorriso da criança.

Gratidão eterna a vida e a todos os seres de luz que a fazem acontecer...



"poesia da criação"



Segue a vida a cada instante

renovando o nosso sonho

somos sonhos, somos sempre o contínuo despertar

levamos dentro do peito esse mundo-coração

onde a vida é um presente ,e faz presente na manhã

na lembrança da criança que fomos e vemos ser

nossos filhos, nossa glória do eterno amanhecer

mais que tudo é alegria

nessa festa que é viver

no amor vive a magia

que purifica o nosso SER



Relato do parto de Aylinn



No dia 28/09/10 , fui a roda de casais do CAIS do parto e cantei no colinho de duas gestantes... Suely me examinou e viu que a cabeça estava quase fixa e que não tardaria muito para Aylinn querer sair.

No outro dia acordei e senti que desceu bastante líquido ,porém não era o líquido da bolsa,mas ( dito pela comadre)provavelmente foi a cabeça que havia fixado.À noite tivemos a última noite de chamego(pré-parto), eu e meu companheiro e acho que daí incentivamos o trabalho de parto que começou por volta das 02:30 da madrugada do dia 30/09/10, último dia da lua cheia.

Eu já estava ,há algumas semanas, com muita dificuldade para dormir, já estava bem cansada da barriga( a comadre diz que isso é um sinal que o parto já está próximo). Começaram as contrações suaves, com intevalos de 7 minutos, comuniquei ao meu companheiro que a hora havia chegado, ao mesmo tempo não queria acreditar que já estava em trabalho de parto com 37 semanas de gestação.

Começei a fazer cocô seguidamente e muito xixi, trouxe o pinico para a cama e sempre que vinha a contração eu ficava de joelhos.Ainda tentei dormir um pouco e foram quando as contrações aumentaram os intevalos para 10 min. Logo depois já encurtaram para 5 em 5min.Já estava amanhecendo,às 6hs da manhã consegui falar com a comadre Suely, e então pedimos para o amigo Bruno ( pai de Ian e companheiro de Drica) ir buscar-la.Fui para um banho morno com a bola e relaxei bastante , vomitei um pouco e depois fui caminhar com os meus doulos, Thomas ( pai de Aylinn) e meu filho mais velho de 4 anos ,Inti Cairé.As contrações continuavam de 5 em 5 min,tomei um café energético e depois da caminhada vomitei mais uma vez. Inti Cairé preparou o espaço do "jardim de parto",ele e o pai prepararam o altar em volta da acássia( a mesma árvore que nasceu Aman, meu segundo filho, com 2 anos 10 meses).Peguei o tambor e fui louvar a Pachamama ,Mãe Terra. Inti me acompanhou todo instante.Logo em seguida chegou a equipe oficial do CAIS, mãe e filha , Suely e Marcely, as mensageiras da luz...

Suely fez um toque e ouviu o batimento, estava com 7 cm e um batimento bom, o colo ainda alto...Tirei as pedras das runas( o oráculo da comadre) e saíram hagalaz,indicando obstáculos( a mesma do runa do parto do Inti Cairé) e depois wanju, runa da alegria, ficamos então com boas espectativas.

Fui caminhar com Marcely, contrações mais fortes e algumas mais fracas, sempre me acocorava durante as contrações.Ao voltar, vomitei a banana e o café que havia antes da caminhada,fiquei na bola de novo,mas logo fiquei muito cansada,por não ter dormido a noite, e então me deitei na esteira nos intervalos das contrações. Minha mãe chegou.Suely olhou a linha do cóccix, uma forma de ver também a dilatação do colo,e viu que já estava com 8 cm.Fui caminhar de novo com o Thomas ,mas as contrações já estavam mais fortes,não consegui caminhar muito mais portanto voltamos e então já começei sentir a cabeça baixando,depois de outra contração bem forte sai da bola e me ajoelhei com Thomas me segurando os braços,e então na terceira contração senti coroando a cabeça,naturalmente fiz uma força espontânea bem na hora da saída da cabeça e outra força na saída do corpo.Nasceu Aylinn com o cordão bem curto.Por isso entendi o tempo do trabalho de parto...cordão bem curto , diferente dos outros dois filhos que tinham os cordões bem longos.

Deixamos a placenta por 7 horas ligada à ela, seguindo uma tradição milenar indiana o "Parto de Lótus"que demonstra um cuidado maior pelo corpo do bebê e pela placenta que ainda mantém a sua ligação mesmo fora do útero,ainda passando o sangue e toda a nutrição contida, fortalecendo ainda mais o bebê. Dessa forma também resignificamos a placenta e nos vinculamos com ela mais amorosamente.

No pôr-do-sol Thomas cortou o cordão, simbolizando um novo ciclo,o fim da vida uterina e o início da vida terrena.

Aylinn escolheu o seu dia e sua hora para nascer,30/09/10 às 11:14 da manhã de um lindo dia de sol, com ventos soprando...Libriana , ascendente em capricórnio e lua em câncer...

Pela leitura mística da comadre, o cordão curto representa a ligação da Aylinn comigo, ventos soprando representam os seus dons com as artes...